Tarifas dos EUA ao Brasil: impacto no agronegócio e crédito Entenda como as tarifas dos EUA para o Brasil afetam o agronegócio, exportações e o setor de fomento e securitização de crédito. Leia a análise completa.
A palavra-chave “tarifas dos EUA ao Brasil” já revela tudo: o impasse com os Estados Unidos não é só aduana, é risco real à economia nacional. E, no cerne disso, está o agronegócio — grande protagonista e forte alavanca da securitização de crédito no Brasil.
O que está acontecendo?
Em 9 de julho de 2025, o presidente Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros: café, aço, alumínio, cobre, aviões, suco de laranja e carne. A medida é parte de um pacote chamado “Liberation Day”, que inclui aumento geral de 10% em importados e sanções via Seção 232.
As razões? Uma mistura de retaliação política contra o julgamento de Bolsonaro, críticas ao STF e uma estratégia de protecionismo comercial. Trump ainda ativou uma investigação da USTR sob a Seção 301 para analisar supostas práticas desleais do Brasil no comércio digital.
Impacto direto no agronegócio
O agronegócio é um dos setores mais afetados:
- Carne bovina: Frigoríficos como Minerva estão repensando exportações para os EUA, com impacto direto na cadeia produtiva e no emprego no campo.
- Café e suco de laranja: Com a tarifa, exportadores desviam produtos para Europa e Ásia, reduzindo volume exportado e forçando queda no preço doméstico.
O risco é duplo: ou excesso de produto no mercado interno, ou queda na produção por inviabilidade financeira.
Indústrias de base em alerta
Setores como metalúrgico e aeronáutico também sofrem:
- O aço, alumínio e cobre exportados para os EUA agora enfrentam tarifas de até 50%, o que compromete a competitividade.
- A Embraer, por exemplo, pode ver perdas tão grandes quanto as da pandemia de 2020.
Securitização e crédito: risco em cascata
Com a pressão sobre o agronegócio e indústria, o setor de fomento e securitização de crédito sente os reflexos:
- Inadimplência em alta: contratos de exportação cancelados comprometem fluxos de caixa e inadimplência aumenta.
- Redução de lastro: menos vendas significam menos recebíveis para lastrear FIDCs e CRAs.
- Crédito mais caro e escasso: bancos e fundos reavaliam risco, aumentam juros ou reduzem o apetite.
- Pressão sobre empresas securitizadoras: maior risco exige mais garantias, mais análise e maior cautela na concessão de recursos.
A BBG, por exemplo, atua com critérios rigorosos de análise do sacado e pode ajustar modelos de operação para mitigar riscos, inclusive oferecendo soluções estruturadas para setores impactados.
Reações e caminhos
- Governo Lula: já aciona OMC e prepara medidas de retaliação diplomática e comercial.
- Mercado: queda do real frente ao dólar, revisão de projeções de crescimento e aumento da inflação.
E o que isso significa pra você?
Impacto | O que muda? |
---|---|
Supermercado | Aumentos em carne, café e derivados |
Emprego | Possíveis demissões no campo e na indústria |
Crédito | Juros maiores, condições mais rigorosas |
Como se preparar?
- Diversifique mercados e clientes.
- Reavalie garantias e contratos de crédito.
- Busque securitizadoras confiáveis com critérios técnicos, como a BBG.
- Ajuste seu fluxo de caixa prevendo cenários adversos.
Conclusão
Esse impasse é mais do que diplomacia: é um estresse real na economia real. Mas também é uma oportunidade para revisarmos estruturas, expandirmos mercados e buscarmos segurança nos números. Aqui na BBG, a gente transforma incerteza em estratégia.
Quer entender como sua empresa pode reagir melhor a isso? Vem conversar com a gente.
Imagem destacada: por IA no Midjourney